Apple e Google unidos em IA?
No mercado contemporâneo, competição e colaboração frequentemente andam juntas. É a famosa "coopetição"
Sem fazer alarde, a Apple publicou um artigo esses dias que detalha os avanços que seus pesquisadores fizeram em IA multimodal – uma "família", batizada de MM1.
O maior modelo de MM1 suporta 30 bilhões de parâmetros. É muita coisa. Analistas prevêem que logo veremos melhorias em vários aplicativos e serviços da Apple, como Siri, Keynote, Pages e Apple Music.
Hoje a Apple investe perto de US$ 1 bilhão por ano em LLMs (Large Language Models, os modelos de aprendizado a partir de grandes bases de dados) Essa grana tende a aumentar. Tanto que a empresa também comprou a startup de IA generativa DarwinAI na semana passada. E ela é especializada em turbinar LLMs para serem mais rápidos e eficientes.
Mas a coisa vai além. Segundo uma reportagem da Bloomberg, Apple e Google estão negociando uma parceria para integrar o Gemini no iPhone. Como? Mistério. Devemos saber mais nas próximas semanas, e principalmente em junho, na conferência de desenvolvedores da Apple.
Como demonstra sua história, a Apple é uma empresa muito seletiva sobre em quais segmentos vai competir. Quando entra, não é pra brincar. E quando é hora de sair, sai, como recentemente, quando caiu fora da corrida pelos veículos autônomos.
Mas no caso da IA, não há alternativa: quem não entrar, vai ficar de fora do futuro. Nesta guerra pelo novo mundo da tecnologia, é importante desenvolver as próprias armas, mas também pode ser estratégico ter um aliado poderoso...